quarta-feira, 16 de setembro de 2009

AVC



O termo acidente vascular cerebral (AVC) significa o comprometimento súbito da função cerebral causado por inúmeras alterações histopatológicas que envolvem um ou vários vasos sangüíneos intracranianos ou extracranianos. Estas doenças cerebrovasculares constituem a terceira causa de morte no mundo.

O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou déficits característicos (Aspesi e Gobatto,2001).

No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais (Aspesi e Gobatto,2001

TRATAMENTO E PREVENÇÃO
Inicialmente deve-se diferenciar entre AVC isquêmico ou hemorrágico. O tratamento inclui a identificação e controle dos fatores de risco, o uso de terapia antitrombótica e endarterectomia (cirurgia para a retirada do coágulo da artéria) de carótida em alguns casos selecionados. A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são componentes importantes para a prevenção bem como o controle de hipertensão, diabete, suspensão do tabagismo que acabam por diminuir a incidência de AVC.


Torna-se importante a formação de uma equipe multiprofissional cada qual com suas especialidades, mas unidos para uma só razão: de beneficiar o paciente lesado por um acidente vascular cerebral. Cabe a Fonoaudiologia atuar com estes pacientes na prevenção de seqüelas, assim como, no restabelecimento das funções lesadas. Este é o principal objetivo da Fonoaudiologia Hospitalar.


Ao observarmos o quadro acima, podemos nos ater em duas áreas correlacionadas a fonoaudiologia, o lobo frontal e temporal nos quais se encontram as Área de Broca, o córtex responsável pela motricidade da fala, e a Área de Wernicke , o córtex responsável pela compreensão verbal, áreas diretamente ligadas a comunicação humana e de responsabilidade do fonoaudiólogo.
Outra função muito importante, que pode ser afetada por um AVC, pode ser a Deglutição. O Centro da deglutição localiza-se no mapa a cima na região descrita por Base do Cérebro, onde nesta área encontram-se os nervos cranianos responsáveis pelas funções oro faciais.

Quando atingida esta área, muitas vezes o paciente irá necessitar de via alternativa para deglutição, por não apresentar deglutição segura. Quando isto acontecer, é necessário a avaliação de um fonoaudióloga especialista neste assunto (disfagia), para verificar a real segurança do paciente. Caso ele não esteja deglutindo de forma eficaz, o alimento poderá estar indo para via respiratória e sendo aspirado pelo pulmão. O que pode gerar uma pneumonia por aspiração de alimento e complicar o quadro clínico do paciente, podendo leva-lo de volta à UTI, ou em casos mais graves, até a morte
Eis a importância da avaliação de um fonoaudiólogo especialista nesta área (disfagia), muitas vezes ainda no leito hospitalar, ou nos primeiros dias após o AVC. É o fonoaudiólogo quem analisa e investiga as condições do paciente estar degluitindo de forma segura e eficaz. Há muitos aspectos a serem analisados para tal segurança.

BIBLIOGRAFIA
1. ANDRÉ, Charles. Manual de AVC. 1a edição. Editora Revinter: Rio de janeiro, 1999.
2. CAMBIER,J.;MASSON,M.;DEHEN,H. Manual de neurologia. 9a edição. Editora MEDSI: São Paulo, 1999.
3. MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia funcional. 2a edição. Editora Atheneu. Rio de Janeiro, 1993


Fernanda Pereira Figueiró
Fonoaudióloga - CRFa - RS/T-RJ- 8001

Neo-Clínica









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