segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O que é Linguagem?



A linguagem é um processo mental consciente que utilizamos para expressar os nossos pensamentos durante nossos relacionamentos inter-pessoais na sociedade em que vivemos. A linguagem é determinada também pelo nosso subconsciente e inconsciente. Isto justifica porque pacientes com psicopatologias podem apresentar sérios distúrbios de linguagem.
Para compreendermos a linguagem humana, precisamos distinguí-la em expressão verbal e expressão gráfica. A palavra e a sintaxe são utilizadas na expressão verbal e na expressão gráfica para espressar pensamentos e sentimentos.

A linguagem começa a se desenvolver antes do nascimento do bebê, pois no ventre materno o bebê sente e ouve a voz da mãe. Após o nascimento o bebê se comunica através do choro, sorriso, olhar e gestos. Os adultos podem colaborar para o desenvolvimento da linguagem da criança não infantilizando a sua própria fala ao conversar com a criança, falando corretamente as palavras para a criança ter um modelo correto, permitindo e incentivando a brincadeira infantil.
A atuação fonoaudiológica na área de linguagem é vasta: linguagem oral, escrita, linguagem de surdos, comunicação arternativa para pacientes com comprometimentos neurológicos severos que o impeça de se comunicarem de outras maneiras.
Criança: O desenvolvimento da linguagem oral depende de vários fatores como saúde, audição (porque se ela não ouvir não aprenderá a falar), desenvolvimento neurológico e emocioanal, ambiente social e que a criança seja inserida diariamente em contextos comunicativos. Por exemplo que as pessoas conversem com ela, a ouça, respeite o seu tempo de resposta e elaboração das frases, sem que os adultos completem as suas frases e sem que lhe dêem os objetos antes de serem pedidos. Ex: a criança aponta para o objeto e os pais pegam, a criança fala palavras ininteligíveis e os pais traduzem e realizam seus desejos sem incentivá-la a falar corretamente. (Isto é claro se a criança já estiver em condições de falar).
No atendimento infantil, as queixas mais comuns são: distúrbio de linguagem, trocas de sons na fala, distúrbios de leitura e escrita e distúrbio de fluência.
Distúrbio de linguagem: ao observamos uma criança com distúrbio de linguagem notamos que ela não inicia diálogo, fala menos que crianças da mesma idade, possuem vocabulário funcional diminuido, quando se expressa utiliza somente frases curtas, comunicam-se através de gestos, quando desejam algo apontam para o objeto ao invés de pedir e podem apresentar também trocas de sons na fala.

Tratar de fissuras lábio-palatais para desenvolver a linguagem das crianças


O atendimento multidisciplinar no tratamento das fissuras.


Conhecido como lábio leporino, a fissura lábio-palatal segundo pesquisas se apresenta em uma criança a cada 650 nascidas no Brasil. As fissuras lábio-palatais são malformações congênitas de lábio e palato, consideradas craniofaciais. Podem ser classificadas como anteriores ou posteriores.

Tal anomalia congênita é considerada uma das anormalidades mais comuns, sendo que o ideal é que o tratamento seja iniciado no ventre materno e principalmente ser continuado. O tratamento dessa má formação inclui vários especialistas, como fonoaudiólogo, psicólogo, ortodontista, otorrinolaringologista, pediatra, cirurgião plástico, nutricionista, entre outros, para que a criança possa se reabilitar totalmente.
A reabilitação fonoaudiológica é de extrema importância. Nesse caso em especial, o fonoaudiólogo atua no pré e pós-operatório com a finalidade de orientar a fase inicial de sucção e alimentação e sequencialmente buscar o funcionamento adequado das estruturas que sofreram alteração em conseqüência da má formação congênita.
Geralmente ocorre a intervenção precoce da terapia fonoaudiológica com as seguintes finalidades:
Alimentação: intervenção no aleitamento materno, orientando o tipo de mamadeira com o bico ideal, a posição da criança, entre outros. Ressalta-se que aos pacientes que passaram por Queiloplastia (cirurgia estética dos lábios) durante o período pós-cirúrgico não é permitido utilizar a mamadeira por 15 dias. Orienta-se aplicar alimentação pastosa e rala por cerca de três meses.

Sensibilidade: Aplicam-se exercícios que envolvem três níveis de sensibilidade: tátil, térmica e gustativa. Tal prática tem como finalidade propiciar aos pacientes estímulos sensoriais na parte anterior da cavidade oral, evitando que instale a prática de movimentos compensatórios.

Hábitos Orais: Evitar hábitos nocivos viciosos com potencial de nocividade como:

• Respiração bucal;

• Sucção de dedo, língua, lábios e bochechas;
• Uso de chupetas ou mamadeiras por tempo além do normal;
• Postura inadequada da língua durante a deglutição, fonação e posturação (projeção anteriorizada de língua, causando pressão exagerada sobre os dentes superiores, falta de vedamento labial, alterações fonéticas, entre outros.)
• Posturas inadequadas de cabeça em atividades diurnas e noturnas;
• Inadequações posturais, como dormir de bruços, com a mão ou braço sobre o rosto;
Realizar leitura apoiando a face, pode levar à mordida cruzada e a mastigação inadequada com todas as suas conseqüências;

Linguagem e Fala;

Audição;

Desenvolvimento Neuropsicomotor;

Por Elen Cristine M. Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Equoterapia ajudando a desenvolver a linguagem


Os benefícios da terapia fonoaudiológica associada à equoterapia.
A equoterapia é definida como um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar, nas áreas de Saúde, Educação e Equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e/ou de necessidades especiais (ANDE, 1999). Quando associada à terapia fonoaudiológica, propicia ao paciente alcançar determinados objetivos terapêuticos com maior desenvoltura.
A fonoaudiologia possui íntima relação com a equoterapia, em virtude de ambas trabalharem em conjunto com patologias comuns, em casos referentes à pacientes com as seguintes indicações:

• Paralisia cerebral
• Acidente vascular encefálico;
• Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor;
• Síndrome de Down;
• Dificuldade da aprendizagem ou linguagem;
• Esclerose múltipla;
• Disfunção na integração social;
• Traumatismo cranioencefálico, entre outras.

É de suma importância ressaltar que em determinados casos tal prática é contra-indicada, por exemplo, portadores de síndrome de Down com menos de três anos, osteoporose grave, osteogênese imperfeita, tumor ósseo, ferimentos abertos sobre uma superfície de sustentação (ísquios, região medial da coxa, joelhos etc.), distúrbios ativos da saúde mental que possam ser perigosos, etc.


Além do fonoaudiólogo, a equipe de equoterapia é composta por diversos profissionais como:

• Fisioterapeuta
• Psicólogo
• Médico
• Pedagogo
• Psicopedagogo
• Professor de Educação Física
• Instrutor de Equitação
• Auxiliar-guia
• Tratador

A produção da fala, que conduz a linguagem, requer de um tônus postural adequado, padrões normais de movimento, ritmo, posicionamento correto de cabeça e corpo, controle respiratório, coordenação fono-respiratória.
O fonoaudiólogo, juntamente com a equipe de equoterapia e com base em seus conhecimentos, tem como objetivo adaptar os exercícios da sua área para a sessão de Equoterapia, de acordo com as necessidades de cada paciente, aproveitando a estimulação do meio ambiente e do cavalo, proporcionando uma terapia lúdica e prazerosa.

No momento em que os exercícios são aplicados é importante utilizar da musicoterapia e das onomatopéias, por se tratar de uma estratégia que propicia estimulação de fala, da linguagem e do enriquecimento do vocabulário.

Por Elen C. Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Fonoaudiologia escolar no desenvolvimento da linguagem


O desenvolvimento da educação com a intervenção fonoaudiológica.
A fonoaudiologia escolar atua tanto na escola comum quanto em escolas especiais.
A atuação do profissional dessa área é ampla e de grande importância no processo educacional, além do acompanhamento com os alunos é realizado um trabalho com os educadores, no sentido de utilizar técnicas que os auxiliem de uma maneira diferenciada na prática, assim são capazes de detectar possíveis distúrbios e fazer o devido encaminhamento.

Atualmente a aceitação do fonoaudiólogo já é reconhecida nos grandes centros e indicada pelos profissionais de educação, no caso de alunos que apresentam alterações na comunicação oral e principalmente na escrita.
Ao inserir a fonoaudiologia em uma escola, o campo de trabalho abrange três funções principais: Participação na Equipe; Triagem; Terapia.
Quando se fala em participação, refere-se a uma equipe multiprofissional que envolve: professores, psicólogos, orientadores pedagógicos e educacionais. É com essa equipe que o fonoaudiólogo vai atuar, desenvolvendo o papel de Assessor.
O assessor tem a função de transmitir os conhecimentos específicos da sua área para os demais do grupo, utilizando diversos recursos, através de palestras, pequenos cursos, programas de treinamento e outros. Compete a ele também elaborar planejamentos trabalhando em equipe com o orientador pedagógico.
A triagem é feita de forma individual visto que tem como objetivo avaliar a comunicação oral e escrita do indivíduo através de uma bateria de testes elaborados pelo fonoaudiólogo. Após a realização desses, é feito a orientação aos pais e educadores e caso seja necessário, o indivíduo é encaminhado para o profissional responsável pela patologia.
É recomendável que a terapia seja feita fora da escola, pois não é viável retirar a criança da sala de aula, tal fato pode constrangê-la.
Sendo assim, é de ressaltar a grande importância da presença desse profissional na escola para que possa detectar o mais cedo possível as dificuldades na linguagem escrita e oral.

Por Elen Cristine
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escol

Cuidar do bebê prematuro para que ele tenha melhor desenvolvimento da linguagem


Cuidando do bebê prematuro.

Atualmente, o estudo do bebê prematuro tem ganhado mais ênfase. Segundo estudos

O recém-nascido tem tido um enfoque merecido em diversas áreas da saúde com o objetivo de proporcionar um melhor desenvolvimento para esse.
O trabalho de desenvolvido com o bebê prematuro é realizado de forma bem complexa, envolve conhecimento em neonatologia, em distúrbios da comunicação humana, da audição e de neurologia infantil.
realizados, esses bebês podem apresentar alterações iniciais na formação e maturação biológica, podendo ou não ter seqüelas. Essas seqüelas que podem vir a ocorrer, podem interferir no desenvolvimento normal das seguintes partes: motora, auditiva, física e psicológica da criança, alterando o processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem.
O fonoaudiólogo atua com a equipe multidisciplinar, buscando realizar um trabalho coerente no qual venha a refletir uma concepção de desenvolvimento. A sobrevivência de um número maior de bebês prematuros depende totalmente do acompanhamento detalhado, para que esse tenha uma boa evolução. A intervenção fonoaudiológica pode ser dividida didaticamente em imediata e de seguimento.

A imediata é a nível emergencial e a de seguimento refere-se à questão do acompanhamento do bebê prematuro, dependendo de condições de caráter administrativo, físico, materiais e, até mesmo, pessoais no sentido de desenvolver propostas teóricas para nortear o desenvolvimento do diagnóstico a ser dado.

A ação fonoaudiológica com o bebê prematuro é bastante ampla, visto que aborda tanto os comportamentos presentes e necessários à comunicação humana quanto os eventuais distúrbios que possa vir a surgir.
Ressalta-se que os padrões de normalidade usados como fonte de diagnóstico são abordados mundialmente em diferentes visões do comportamento humano.
Segundo estudiosos, alguns fatores são considerados como principais riscos para a evolução da linguagem:

1. Infecção perinatal
2. Peso ao nascimento
3. Dificuldade respiratória
4. Ototóxicos
5. Alteração de sucção/ alimentação
6. Malformações, principalmente cabeça e pescoço
7. Hiperbilirrubinemia/ transfusão exasanguínea
8. Antecedentes de perda auditiva
9. Antecedentes de distúrbios da linguagem.


Por Elen Cristine M. Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola

Envelhecimento, Linguagem e Qualidade de Vida




O envelhecimento origina uma deterioração da capacidade comunicativa, do mesmo modo como o faz nos outros aspectos da vida e da saúde. Existem, segundo Mascaro (1997) “várias maneiras” de se envelhecer, que dependem de circunstâncias de ordem biológica, psicológica, social, histórica, cultural.
Conforme Rabadán (1998), a comunicação na velhice é determinada por um processo sociocultural, assinalado pelo afastamento do homem do sistema produtivo, e por um processo biológico, marcado pela deterioração, que é característica da última fase da vida.
As teorias biológicas que explicam o envelhecimento (processo que independe da vontade do homem), afirmam que o mesmo é resultado de fatores variados -intrínsecos e extrínsecos - que devem ser considerados em um contexto amplo, sendo a herança genética (fator de ordem intrínseca, juntamente com os radicais livres, o sistema de defesas e outros) quem determina a maior ou menor longevidade e as probabilidades de aparição de determinadas doenças. Entre os fatores extrínsecos -igualmente importantes- destacam-se a exposição à radiação, à poluição, fatores alimentares e o estresse.
Assim, do ponto de vista biológico, o envelhecimento é caracterizado por modificações sucessivas de todas as estruturas e sistemas, que provocam uma diminuição da capacidade de adaptação ao meio ambiente. Ribeiro (1999) diz que todos os seres vivos de reprodução sexuada envelhecem, modificando-se com o tempo em direção a uma diminuição de sua performance.
O tema do envelhecimento adquire excepcional relevância neste momento pois no Brasil têm acontecido, nas ultimas décadas, um crescimento acelerado da população idosa. Silvestre et al (1996) e Zimerman (2000) revelam que o nosso país vem apresentando uma expressiva mudança no seu perfil populacional, pois de uma situação de elevadas fecundidade e mortalidade, passou-se para outra, de baixa fecundidade e menor mortalidade. A esperança de vida atualmente é de 67 anos e, em 2025, considera-se que poderá chegar aos 74 anos (Zimerman, 2000). Isto torna necessário que haja maior dedicação e mais estudos por parte dos profissionais que se ocupam da saúde desta parcela da população, incluído o fonoaudiólogo.
Concordamos com Zimerman (2000) em que, em função das mudanças demográficas ocorridas, não é mais possível ignorar a necessidade de atenção à velhice por parte dos âmbitos político, econômico, da saúde e institucional. Os idosos têm necessidades e características próprias que devem ser atendidas através da criação de novos espaços, serviços e produtos, assim como da reformulação de posturas e conceitos.
Não existe um consenso em relação a qual é “idade do envelhecer”, assim como não há um marco fixo para definir que esta ou aquela seja a idade de se “ficar velho”. Há, não obstante, acordo entre os diversos campos científicos que estudam o envelhecimento em relação à grande heterogeneidade existente entre os idosos em todos os aspectos. A idade cronológica não ocasiona o início da velhice nem de qualquer outro período etário; ela deve servir como um parâmetro para se julgar a maturidade social do indivíduo, ou como uma referência para compreender as mudanças evolutivas (Néri, 1995).
Tanto os geriatras -médicos que se dedicam a estudar, prevenir e tratar os aspectos patológicos do envelhecimento - quanto os gerontólogos - especializados nos aspectos biológicos, sociais e psicológicos - estão de acordo ao afirmar que o envelhecimento é uma experiência individualizada e heterogênea (Mascaro, 1997). Tal fato exige que estes profissionais, assim como todos os outros que se dedicam ao estudo do envelhecimento e ao cuidado do indivíduo idoso, levem em consideração esta singularidade para não cometer o erro de fazer generalizações impróprias.
O envelhecimento é um campo de interesse, pesquisa e atuação de grande número de especialidades. Ele constitui um âmbito ímpar para o trabalho interdisciplinar, uma vez que profissionais de diversas áreas (medicina, enfermagem, psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, gerontologia, terapia ocupacional, etc.) têm possibilidades de oferecer uma contribuição decisiva para melhorar a qualidade de vida do idoso, através da prática do intercâmbio e da cooperação, assim como da busca de uma linguagem comum entre as diversas ciências.
Néri (1995) afirma que a velhice não é um período caracterizado só por perdas e limitações, sendo possível manter e até aprimorar as funções cognitivas, físicas e afetivas, a despeito do aumento da probabilidade de doenças e limitações. Um dos desafios que as ciências atualmente enfrentam é o de perceber os limites e as potencialidades para o desenvolvimento na velhice, assim como as condições que aceleram, retardam ou compensam os resultados das mudanças ocorridas como conseqüência do envelhecimento.
É aceito entre os especialistas que há muito para se estudar a respeito do envelhecimento, bem como a idéia de que é essencial para o desenvolvimento integral na velhice a busca de um equilíbrio entre potencialidades e limitações. Se por um lado, o envelhecimento significa declínio e incapacidade, o indivíduo e a cultura podem criar condições de progresso e desenvolvimento. (idem, 1995).
Fala-se hoje de velhice bem-sucedida e velhice produtiva, expressões usadas na literatura quando se fala de envelhecer bem. O conceito velhice bem-sucedida se relaciona à idéia de realização do próprio potencial para alcançar um grau desejável de bem-estar físico, psicológico e social, assim como ao logro de um funcionamento similar ao da população mais jovem e à “manutenção da competência em domínios selecionados do funcionamento, através de mecanismos de compensação e otimização”. (Néri, 1999: 116).
Velhice produtiva é um conceito que compreende as possibilidades de o idoso exercer diversas funções e papéis num momento em que cada vez mais pessoas vêem como possível envelhecer bem, considerando-se como manifestações de produtividade na velhice: exercer trabalhos remunerados e também não-remunerados, porém valiosos social e economicamente, como cuidar de outros idosos, da casa, dos netos; trabalhos voluntários na comunidade; atividades de lazer proveitosas para a própria pessoa; a criação de novas áreas de consumo como conseqüência de uma melhoria do padrão de vida (idem, 118)
A Fonoaudiologia no Brasil vem pesquisando a linguagem do indivíduo idoso nos casos de afasias e das demências senis, e também são realizados estudos para compreender e minimizar as conseqüências da presbiacusia e da presbifonia na comunicação. Porém, nota-se uma falta de estudos relacionados à linguagem no envelhecimento sadio, estudos estes necessários para que seja possível atuar preventivamente, com o objetivo de garantir uma maior qualidade de vida.
É essencial conhecer a linguagem das pessoas idosas, as mudanças que ocorrem ao longo do tempo, seus mecanismos e deficiências. Deste modo será possível desenhar programas de intervenção e prevenção a serem postos em prática no âmbito familiar, nos clubes de terceira idade, nas instituições, nos lares para idosos, e desse modo contribuir para conservação da comunicação destes indivíduos nas melhores condições possíveis.
A intervenção deve ter como meta básica possibilitar o desenvolvimento de estratégias que ajudem a aprimorar as interações sociais e familiares, paliando e compensando a deterioração lingüística. Os idosos podem e devem, quando é possível, conservar ou readquirir o controle de suas vidas, realizar atividades criativas, integrando âmbitos sociais ricos e estimulantes. Ao estarem inseridos em grupos familiares e sociais, os idosos têm a oportunidade de realizar troca de experiências que favoreçam o desenvolvimento pessoal, criando novas possibilidades de humanização e abordagem de seus problemas (Penteado, 2000).
A vida dos idosos parece ser feita de rotinas e automatismos: os que vivem em família ou em lares vêem sua vida organizada por outras pessoas, de modo que suas perdas sensoriais ou de memória sejam compensadas e a segurança seja garantida. Porém, os idosos menos deteriorados devem ter maior controle de todos os aspectos de sua vida, realizando atividades criativas e tomando suas próprias decisões.
Cabe aos profissionais que lidam com o envelhecimento orientar os idosos quanto aos aspectos relativos a uma vida qualitativamente melhor: adoção de uma alimentação equilibrada, manutenção de hábitos saudáveis, combate ao sedentarismo, práticas voltadas à prevenção de doenças, manutenção das relações afetivas e sociais e das atividades que favoreçam as interações e o uso da comunicação. 

Referências Bibliográficas
MASCARO, S. A.: O que é velhice. São Paulo: Brasiliense, 1997.

NÉRI, A. L.: O Desenvolvimento Integral do Homem. A Terceira Idade.
...São Paulo:Ano VI, No. 10, 4-15, julho de 1995.

NÉRI, A. L. e CACHIONI, M.: Velhice bem-sucedida e educação. In: NERI, A. L. et
...al: Velhice e sociedade. Campinas, São Paulo: Papirus, 1999.

PENTEADO, R. Z.: A Linguagem no Grupo Fonoaudiológico: potencial latente
...para a Promoção da saúde.
São Paulo, 2000. 146 p. Dissertação (Mestrado
...em Saúde Pública) - Universidade de São Paulo.

RABADÁN, O. J.: Lenguaje y envejecimiento. Bases para la intervención. Barcelo-
...na: Masson, 1998.

RIBEIRO, A.: Aspectos biológicos do envelhecimento. In: RUSSO, I. C. P:
...Intervenção Fonoaudiológica na Terceira Idade. Rio de Janeiro: Revinter,
...1999, p 1-11.

SILVESTRE, J. A., et al: O Envelhecimento populacional brasileiro e o setor de
...saúde. Arquivos de Geriatria e Gerontologia, Vol 0, No. 1, 81-89, set 1996.

ZIMERMAN, G.I: Velhice. Aspectos Biopsicossociais. Porto Alegre: Artes Médicas
...Sul, 2000.


Bibliografia Complementar

fonoaudiologia.com

domingo, 11 de outubro de 2009

Aquisição da linguagem




A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM
A linguagem é considerada a primeira forma de socialização da criança e, na maioria das vezes, é efetuada explicitamente pelos pais através de instruções verbais durante atividades diárias, assim como através de histórias que expressam valores culturais. A socialização através da linguagem pode ocorrer também de forma implícita, por meio de participação em interações verbais. Desta forma, através da linguagem a criança tem acesso, antes mesmo de aprender a falar, a valores, crenças e regras adquirindo os conhecimentos de sua cultura. A medida que a criança se desenvolve, seu sistema sensorial, incluindo a visão e audição, se torna mais refinado e ela alcança um nível lingüístico e cognitivo mais elevado, enquanto seu campo de socialização se estende, principalmente quando ela entra para escola e tem maior oportunidade de interagir com outras crianças.
Quanto mais cedo à criança se envolve nas relações sociais, mais benefícios obterá a curto ou longo prazo, tendo em vista as experiências e aprendizagens que resultam de tais interações.
Na aquisição da linguagem, o método como se desenvolve a língua, como se adquire as primeiras palavras, a fala, enfim, é tudo um processo, embora natural, é longo e difícil.
O começo dessa aquisição seria o primeiro choro da criança ao nascer.
Durante o processo, com o passar dos dias, a criança aos poucos vai adquirindo suas primeiras palavras através do comportamento observável, ou seja, a criança cercada da família, observa as palavras e de acordo com a fase em que se encontra, tenta secomunicar com quem os cercam.
Tais fases, a primeira seria a do jargão, em que a criança começa a produzir cadeias de enunciados, meias palavras, ainda não analisáveis, mas que são completamente interpretáveis para nós adultos. Ocorre normalmente aos dezoito meses de vida da criança. A segunda fase será a das palavras, em que a criança através de imitações; gestos desenvolvem as primeiras palavras, ocorrendo por volta dos dois anos de idade. A terceira e última fase seria a das frases onde a criança já empregando estruturas com frases curtas, com erros de gramática e de pronúncia, mais porém não deixa de ser frases compreensíveis, sendo que a criança já é capaz de produzir uma verdadeira comunicação.
Aos poucos, ela vai notando algumas inadequações em sua produção oral, observando o comportamento adulto e modificando-os.
Sendo assim, a língua, para a criança é um instrumento que ela usa para se comunicar e satisfazer suas necessidades.
Muito antes de começar a falar, a criança está habilitada a usar o olhar, a expressão facial e o gesto para comunicar-se com os outros.
Tem também capacidade para discriminar precocemente os sons da fala. Apesar de não estar completamente esclarecido o grau de eficácia com que a linguagem é adquirida sabe-se que as crianças de diferentes culturas parecem seguir o mesmo percurso global de desenvolvimento da linguagem. Ainda antes de nascer, elas iniciam a aprendizagem dos sons da sua língua nativa.
No desenvolvimento da linguagem, duas fases distintas podem ser reconhecidas: a pré- lingüística, em que são vocalizados apenas fonemas( sem palavras) e que persiste até aos 11 e 12 meses, e , logo. A seguir, a fase lingüística, quando a criança começa a falar palavras isoladas com compreensão.
Este processo é contínuo e ocorre de forma ordenada e seqüencial com sobreposição considerável entre as diferentes etapas deste desenvolvimento.
O processo de aquisição da linguagem envolve o desenvolvimento de quatro sistemas interdependentes: o pragmático, que se refere ao uso comunicativo da linguagem num contexto social, o fonológico envolvendo a percepção e a produção de sons para formar palavras, o semântico, respeitando as palavras e seu significado e o gramatical, compreendendo as regras sintáticas e morfológicas para combinar palavras em frases compreensíveis. Os sistemas fonológico e gramatical conferem à linguagem a sua forma. O sistema pragmático descreve o modo como a linguagem deve ser adaptada a situações sociais específicas, transmitindo emoções e enfatizando significados.
As crianças em processo de aprendizagem de uma língua materna, utilizam-se de vários métodos para se expressarem, como através de uma linguagem não-verbal, com expressão facial, sinais, e também quando a criança começa a responder, questionar e argumentar. Essa competência comunicativa reflete a noção de que o conhecimento da linguagem a determinada situação e a aprendizagem das regras sociais de comunicação é tão importante quanto o conhecimento semântico e gramatical. As dificuldades de aprendizagem, podem ocorrer quando existem, retardo mental, distúrbio emocional, problemas sensoriais, ou motores, ou, ainda ser acentuadas por influências externas, como, por exemplo, diferenças culturais, instrução insuficiente ou inapropriada.
O processo de aquisição da linguagem é bastante complexo e envolve uma rede de neurônios distribuída entre diferentes regiões cerebrais.
O cérebro é um órgão dinâmico que se adapta constantemente as novas informações. Como resultado, as áreas envolvidas na linguagem de um adulto podem não ser as mesmas envolvidas na criança, é possível que algumas zonas do cérebro sejam usadas apenas durante o período de desenvolvimento da linguagem.


fonte:webartigos.com

Linguagem e comunicação dos autistas




Linguagem e comunicação
Quando os autistas começam a se utilizar da linguagem (ou falham em começar), os pais passam a perceber com mais clareza que seus filhos são diferentes das outras crianças da mesma idade. Muitas vezes, é o atraso na aquisição de linguagem verbal que faz com que os pais procurem ajuda médica.
Apesar desse fato, sinais de dificuldades na capacidade de comunicação das crianças autistas são evidentes mesmo antes do período de aquisição da linguagem verbal , mas passam desapercebidos pelos pais.
Nas crianças autistas, a comunicação não verbal precoce é usualmente limitada ou inexistente. Bebês rapidamente desenvolvem uma habilidade de se comunicar por meio de sinais não verbais: demonstram suas emoções pela expressão facial, procuram por objetos de interesse ou por pessoas, antecipam-se para obter contato físico com seus pais. O mesmo não ocorre com crianças autistas.
Usualmente, crianças autistas demonstram sérios problemas na compreensão e utilização da mímica, gestualidade e fala.
Desde o início, os jogos de ‘faz de conta’ e de imitação social, amplamente observados nas crianças com desenvolvimento normal, são falhos ou inexistentes.
Quase sem exceção, os autistas apresentam atraso ou ausência total no desenvolvimento da linguagem verbal, que não é compensado pelo uso da gestualidade ou outras formas de comunicação. Apesar de não demonstrarem alterações significativas no balbucio (DAHLGREN & GILBERG, 1989), metade dessas crianças não adquirem linguagem verbal e, as que adquirem, apresentam sérios desvios de linguagem. Aproximadamente 37% das crianças autistas começam a falar as primeiras palavras normalmente, mas param de falar, repentinamente, entre o vigésimo quarto e o trigésimo mês.
Os autistas que desenvolveram linguagem apresentam dificuldades marcantes em iniciar ou sustentar diálogos e, muitas vezes, apesar de se utilizarem da fala, não visam comunicação.
Nas crianças que falam, o uso restrito e estereotipado da linguagem é bem descrito. Por exemplo, KANNER (1943) descreveu uma menina autista que seguia uma rígida rotina antes de ir dormir, exigindo que sua mãe participasse de um diálogo que era idêntico dia após dia. Outros aspectos da linguagem restrita e estereotipada são a ecolalia imediata ou tardia, a inversão pronominal, a linguagem metafórica e a invariabilidade do ritmo e tonalidade da linguagem verbal. 


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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Libras,linguagem de sinais

As pessoas tem curiosidade em saber como os deficientes auditivos se comunicam. A linguagem dos sinais é chamada de Libras
LIBRAS, ou Língua Brasileira de Sinais, é a língua materna dos surdos brasileiros e, como tal, poderá ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com essa comunidade. Como língua, esta é composta de todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática semântica, pragmática sintaxe e outros elementos, preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerada instrumental lingüístico de poder e força. Possui todos os elementos classificatórios identificáveis de uma língua e demanda de prática para seu aprendizado, como qualquer outra língua. Foi na década de 60 que as línguas de sinais foram estudadas e analisadas, passando então a ocupar um status de língua. É uma língua viva e autônoma, reconhecida pela lingüística. Pesquisas com filhos surdos de pais surdos estabelecem que a aquisição precoce da Língua de Sinais dentro do lar é um benefício e que esta aquisição contribui para o aprendizado da língua oral como Segunda língua para os surdos.
Os estudos em indivíduos surdos demonstram que a Língua de Sinais apresenta uma organização neural semelhante à língua oral, ou seja, que esta se organiza no cérebro da mesma maneira que as línguas faladas. A Língua de Sinais apresenta, por ser uma língua, um período crítico precoce para sua aquisição, considerando-se que a forma de comunicação natural é aquela para o qual o sujeito está mais bem preparado, levando-se em conta a noção de conforto estabelecido diante de qualquer tipo de aquisição na tenra idade. 

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C
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Linguagem de Números
             
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Blog:Cesar Liper
(fonte: http://www.feneis.com.br/p_libras.htm)